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Reunidos no Hotel Excelsior, na capital paulista, nesta terça (7) e quarta-feira (8), 150 delegados(as), sendo 96 homens e 54 mulheres, construíram a pauta de reivindicações específicas dos funcionários do Itaú, da Campanha Nacional 2016. Na minuta, que será entregue ao banco, estão reivindicações de emprego, saúde, remuneração, condições de trabalho, previdência privada, segurança e igualdade de oportunidades.

Desde 2011 o Itaú já fechou 21 mil postos de trabalho e o grande número de demissões está entre as preocupações debatidas neste Encontro.

Os funcionários formaram três grupos de trabalho para debater os temas remuneração, emprego, saúde e condições de trabalho.

Remuneração

As discussões sobre remuneração incluem o PCS (Plano de Cargos e Salários); Programa AGIR (Ação Gerencial Itaú para Resultados); PCR (Participação Complementar nos Resultados), entre outros pontos.

Emprego

O fechamento de agências físicas e ampliação das digitais vêm promovendo a eliminação de postos de trabalho e sobrecarregando quem permanece nas agências físicas. Em São Paulo, são sete agências digitais, e uma no Rio de Janeiro. Mas o banco já sinalizou que estenderá o projeto em todo o Brasil.

Os funcionários também denunciam o aumento de demissões por justa causa, principalmente ligadas a ponto eletrônico, falta injustificada, e até afastamentos por doença. Num dos casos, uma funcionária em licença maternidade foi demitida. Todas essas situações estão sendo monitorado pelo movimento sindical.

Saúde

O grupo sobre saúde e condições de trabalho destacou alguns pontos da CCT (Convenção Coletiva de Trabalho) que o banco vem tentando usar em benefício próprio, para prejudicar os trabalhadores, como as cláusulas de retorno ao trabalho. O Itaú tem descontado de uma só vez o salário dos funcionários que retornam ao trabalho, após afastamento por doença, o que tem gerado grande revolta.

Entre os itens de pauta, também foi discutida a implementação da cláusula 57, que prevê o desenvolvimento de programas, pelos bancos, para a melhoria contínua das relações de trabalho. Além da participação e avaliação do PCMSO (Programa de Controle Médico em Saúde Ocupacional).

O Itaú está transferindo para o gestor da agência a função de receber e analisar os atestados médicos apresentados pelos funcionários. Outra denúncia trazida ao grupo é a falta de emissão da CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho), o que acaba mascarando o número real de bancários adoecidos e acidentados.

“Estabelecemos um grupo de trabalho para tratar das questões de saúde junto ao Itaú. Esse tema, somado à defesa do emprego e a uma remuneração mais justa, farão parte da Minuta específica a ser entregue para o banco”, avalia Kelly Menegon, secretária de saúde do Sindicato de Londrina e representante da regional Vida Bancária na COE Itaú.

LM