1º DE MAIO – DIA DA CLASSE TRABALHADORA

Ilustração_direitos_em_risco_maior

Neste dia 1º de Maio, Dia da Classe Trabalhadora, não temos nada a comemorar, pelo contrário, é momento de refletir a respeito da sequência de fatos que estão ocorrendo, não só no Brasil, mas no mundo, como a volta do conservadorismo para impor retrocesso nas conquistas trabalhistas e sociais obtidas nas últimas décadas. Utilizando o discurso da crise, que desde 2008 vem abalando as finanças de diversos países, empresas estão jogando pesado em relação a avanços com o único objetivo de manter sua margem de lucro intacta e passando a conta para os trabalhadores e trabalhadoras.

Ao mesmo tempo em que endurecem no diálogo com o movimento sindical, os patrões, tendo à frente a poderosa Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), contam com dezenas de projetos de lei tramitando no Congresso Nacional para reduzir direitos e comprometer a atuação dos Sindicatos. Dentre outras mudanças, eles querem aprovar a terceirização em todas as áreas, o fim das negociações coletivas, ampliação da jornada de trabalho, corte no horário do almoço e até mesmo nas férias. Para as empresas, o que importa é ganhar mais, sem se preocupar com o que isso significa para a saúde ou a qualidade de vida dos trabalhadores.

“Já estão falando em mudanças nas regras da Previdência Social, para dificultar ainda mais a aposentadoria. A intenção deste time, que agora ameaça voltar ao poder, é retomar as privatizações. No passado, sob o pretexto de conter as altas taxas de desemprego, flexibilizou direitos e promoveu um desmonte no Banco do Brasil e na Caixa Econômica Federal, com o objetivo de vendê-los a grandes grupos privados”, aponta Regiane Portieri, presidenta do Sindicato de Londrina.

Para Regiane, a Classe Trabalhadora não pode assistir a tudo isso calada, pois está em risco um retrocesso sem precedentes, podendo jogar por terra, inclusive, a democracia no país, conquistada com muita luta. Segundo ela, a categoria bancária precisará estar muito organizada para barrar os ataques aos direitos e conquistar avanços nas Campanhas Salariais deste ano. “Precisamos resistir. A CUT e demais Centrais Sindicais já estão nas ruas e nós também temos que abraçar esta causa em defesa do emprego decente, da liberdade sindical e da retomada do crescimento do Brasil”, ressalta.

Por Armando Duarte Jr./VIDA BANCÁRIA.