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O Santander informou que os valores do Plano de Saúde dos seus funcionários sofrerão um expressivo aumento, muito acima da inflação, de 20% nas mensalidades. No início do ano, o banco já havia mudado a operadora do Plano sem qualquer negociação com o movimento sindical, trocando o Bradesco Saúde pela Sulamérica, o que acarretou prejuízos aos bancários e bancárias com o aumento da coparticipação de 20% para 25% em consultas, exames simples, terapias e atendimentos de emergência e, a partir da sexta consulta, esse percentual sobe para 30%.

 “Este é mais um desrespeito do Santander com os seus funcionários brasileiros, responsáveis pelo maior lucro do banco em todo mundo. Desde 2013, o banco quebra regras do contrato de trabalho referentes ao Plano de Saúde, impondo sem qualquer diálogo ou negociação reajustes sempre muito acima da inflação. Este ano, a coparticipação já aumentou devido à mudança – feita de forma unilateral pelo banco – da operadora do plano. O que além de prejudicar financeiramente o bancário, o inibe de cuidar da sua saúde, evitando consultas e exames por desinformação e falta de transparência no plano, se colocando em uma situação de risco. Agora, chega mais esse aumento absurdo”, critica a diretora do Sindicato de São Paulo, Wanessa Queiroz.

A dirigente aponta ainda que os trabalhadores não têm acesso aos contratos do Plano de Saúde. “Nós pagamos mensalidade e, portanto, somos parte contratante do plano. Apesar disso, não temos acesso aos contratos e nem mesmo qualquer participação ou fiscalização na forma como o Plano é gerido.”

Cobrança

O movimento sindical está cobrando o Santander para que suspenda o aumento nas mensalidades do Plano de Saúde e abra um canal de negociação transparente com a representação dos trabalhadores.

“O Santander não pode simplesmente, de uma hora para outra, mudar a operadora do Plano de Saúde e impor consecutivos aumentos acima da inflação. Isso sem qualquer negociação com o Sindicato. O banco vive propagandeando que é uma das melhores empresas para trabalhar, o que não condiz com a realidade. As pessoas se planejam financeiramente e esses aumentos repentinos são muito prejudiciais. Cobramos uma relação de transparência e diálogo em relação ao Plano de Saúde dos bancários e bancárias do Santander”, conclui.

Fonte: Sindicato de São Paulo