Em reunião realizada na segunda-feira (25/09), em São Paulo, dirigentes de diversas categorias profissionais, juntamente com lideranças dos movimentos sociais e populares definiram organizar no dia 3 de outubro, no Rio de Janeiro, uma ampla mobilização contra a privatização e o sucateamento das empresas e serviços públicos brasileiros planejados pelo governo de Michel Temer (PMDB).

A manifestação ocorrerá no dia em que a Petrobras completará 64 anos de fundação e reunirá, além de petroleiros, bancários, eletricistas e moedeiros, representando categorias que estão com empregos e direitos ameaçados com essa política de desmonte das estatais capitaneada por Temer para atender aos interesses dos grupos que dão sustentação ao seu governo.

 O Ato Público contra a entrega do patrimônio público para empresas estrangeiras e em defesa da soberania nacional brasileira será iniciado em frente ao prédio da Eletrobras. Depois, os manifestantes sairão em caminhada até a sede da Petrobras.

De acordo com as entidades, a mobilização visa destacar a importância do Estado brasileiro na economia nacional para garantir o desenvolvimento econômico e social da população.

Para isso, o dia escolhido é a data de aniversário de 64 anos da Petrobras, que é uma das principais empresas públicas brasileiras. Fundada no dia 3 de outubro de 1953, pelo presidente Getúlio Vargas, por meio da Lei 2004, com a Petrobras foi instituído o monopólio estatal da exploração, do refino e do transporte do petróleo.

O programa do governo de Temer e sua base aliada tucana, no entanto, têm posto em prática uma ampla política de privatização do patrimônio público brasileiro sem diálogo com a população. Em agosto, o presidente golpista anunciou a privatização de 57 empresas e projetos, incluindo a Casa da Moeda e aeroportos.

A Petrobras também é alvo dessa política. O governo colocou à venda 90% da participação da empresa na gestão da Transportadora Associada de Gás. Segundo a FUP, o governo também está vendendo campos de pré-sal a empresas estrangeiras a preços rebaixados.

Fonte: CUT